11 abril 2009

poemúsica da casa da Bete no vale verde (criação coletiva de Yuri, Elisabete, Rodrigo e Maurício

saia do meu sol

alexandre magno

deixe-me na minha barrica

ou lhe mando um raio

desferido de meus poderes espaciais

eu sou o primeiro cínico da terra

o primeiro signo

o primeiro cigano swingando, meu nome é diógenes

eu vim de longe, de onde a gente vive o hoje

lambo aos que dão, ladro aos que não

tenho vida de cão e mordo os maus

meu nome é diógenes, eu vim de longe... de onde a gente vive o hoje

barba de milho

sabugo pelado

roça de outono

teu funk gruda na traseira do meu dia seguinte eu mordo e não largo

minhocas performáticas no cérebro informático

minha cabeça um scanner, vitrola enguiçada cheia de nostalgia conecta cortinas indo e vendo

vevindo e aprendonde com a lingua libidinosa abrir a mente e as pernas em gotas sonoras

foi com a grana do algodão que eu fugi do Alabama minha glândula paranormal deixa o arrepio melhorar

pétalas pisadas na areia monazítica

mil cortizonas

assim é a life

pôr do sol em angra dançando tango de tanga o barquinho vai o barquinho vem sem ninguém